Brasil tem 38% dos adolescentes em situação de pobreza, diz Unicef
Jovens com idade entre 12 e 17 anos também morrem mais que adultos
Marina Marquez, do R7, em Brasília
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O índice de pobreza entre adolescentes no Brasil é maior do que entre o restante da população, de acordo com dados da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgados nesta quarta-feira (30). Entre 2009, 38% dos adolescentes estavam em situação de pobreza no país, enquanto 29% da população se encontrava na mesma situação.
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De acordo com a representante da Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, o indicador de extrema pobreza aumentou nos últimos anos entre adolescentes, enquanto diminuiu no restante da população.
- Nosso principal desafio é quebrar o ciclo infernal da pobreza. Uma pessoa que cresce em família pobre, é uma criança e adolescente pobre, tem mais chances de chegar à vida adulta com as mesmas oportunidades e renovar a situação de pobreza na família.
Em 2004, 16,3% dos adolescentes brasileiros viviam em situação de extrema pobreza. Em 2009, esse número saltou para 17,6% de meninos e meninas entre 12 e 17 anos vivendo em famílias com menos de um salário mínimo.
O pior índice foi no Nordeste, onde 32% dos adolescentes eram extremamente pobres em 2009, seguido do Norte (22,1%) e Centro-Oeste (9,6%).
Vários fatores, segundo a representante da Unicef, podem levar a esse aumento da pobreza, entre eles o número de crianças e adolescentes vivendo na rua e meninos e meninas que tornam-se chefes de família mais cedo.
- Quando um adolescente tem que cuidar da família ele deixa de viver sua adolescência para viver a infância de outras crianças. Inserir os adolescentes no Bolsa Família melhorou a situação, mas ainda precisamos fazer muito no país.
Taxa de homicídio
Os adolescentes também são vítimas de homicídio em maior proporção que o restante da população. Em 2009, os dados da Unicef revelaram que 43,2 adolescentes em cada 100 mil morreram assassinados, enquanto no restante da população esse número foi de 20 mortos a cada grupo de 100 mil.
Em locais do país em que os índices de mortalidade e violência são maiores, isso se reflete na população jovem. É o caso do Espírito Santo, por exemplo, que em 2009 teve 54,7 adolescentes mortos para cada 100 mil.
Confira também
20% dos jovens estão fora da escola
Detentos custam mais que alunosO Distrito Federal aparece em segundo lugar no ranking de regiões com maior taxa de homicídio, com 36,6 jovens assassinados. Marie-Pierre diz que já era esperado que essas regiões tivessem índices mais chamativos.
- O DF e o Espírito Santo são regiões muito desiguais. Locais assim têm taxas mais alarmantes. Alguns grupos merecem mais atenção das políticas públicas brasileiras, de acordo com a representante da Unicef. Para Marie-Pierre, adolescentes vítimas de violência sexual, meninas mães, adolescentes chefes de família e jovens que vivem na rua precisam de "cuidados especiais" do Estado.
- Esses quatro grupos, na nossa opinião, precisam de um olhar diferente da sociedade. Quando o disque-denúncia tem 80% das ligações revelando exploração sexual de meninas adolescentes, por exemplo, a sociedade precisa repensar o que está acontecendo. Para Marie-Pierre, são situações desafiadoras que alertaram a Unicef e devem ter um foco particular das políticas públicas.
Jovens com idade entre 12 e 17 anos também morrem mais que adultos
Marina Marquez, do R7, em Brasília
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O índice de pobreza entre adolescentes no Brasil é maior do que entre o restante da população, de acordo com dados da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgados nesta quarta-feira (30). Entre 2009, 38% dos adolescentes estavam em situação de pobreza no país, enquanto 29% da população se encontrava na mesma situação.
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De acordo com a representante da Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, o indicador de extrema pobreza aumentou nos últimos anos entre adolescentes, enquanto diminuiu no restante da população.
- Nosso principal desafio é quebrar o ciclo infernal da pobreza. Uma pessoa que cresce em família pobre, é uma criança e adolescente pobre, tem mais chances de chegar à vida adulta com as mesmas oportunidades e renovar a situação de pobreza na família.
Em 2004, 16,3% dos adolescentes brasileiros viviam em situação de extrema pobreza. Em 2009, esse número saltou para 17,6% de meninos e meninas entre 12 e 17 anos vivendo em famílias com menos de um salário mínimo.
O pior índice foi no Nordeste, onde 32% dos adolescentes eram extremamente pobres em 2009, seguido do Norte (22,1%) e Centro-Oeste (9,6%).
Vários fatores, segundo a representante da Unicef, podem levar a esse aumento da pobreza, entre eles o número de crianças e adolescentes vivendo na rua e meninos e meninas que tornam-se chefes de família mais cedo.
- Quando um adolescente tem que cuidar da família ele deixa de viver sua adolescência para viver a infância de outras crianças. Inserir os adolescentes no Bolsa Família melhorou a situação, mas ainda precisamos fazer muito no país.
Taxa de homicídio
Os adolescentes também são vítimas de homicídio em maior proporção que o restante da população. Em 2009, os dados da Unicef revelaram que 43,2 adolescentes em cada 100 mil morreram assassinados, enquanto no restante da população esse número foi de 20 mortos a cada grupo de 100 mil.
Em locais do país em que os índices de mortalidade e violência são maiores, isso se reflete na população jovem. É o caso do Espírito Santo, por exemplo, que em 2009 teve 54,7 adolescentes mortos para cada 100 mil.
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- Esses quatro grupos, na nossa opinião, precisam de um olhar diferente da sociedade. Quando o disque-denúncia tem 80% das ligações revelando exploração sexual de meninas adolescentes, por exemplo, a sociedade precisa repensar o que está acontecendo. Para Marie-Pierre, são situações desafiadoras que alertaram a Unicef e devem ter um foco particular das políticas públicas.
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