18 de maio de 2012 • 08h59 • atualizado às 09h04
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes, nesta sexta-feira, será marcado por ações que
buscam alertar a sociedade para a necessidade de proteção contra a
violência sexual. Um documento sobre os impactos das grandes obras na
exploração sexual de menores, tema da campanha deste ano, será entregue a
representantes da Frente Parlamentar Mista da Criança e do Adolescente.
De acordo com a coordenadora do Comitê Nacional de Enfrentamento da
Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Karina Figueiredo, o
objetivo é mostrar quais são os desafios que envolvem o tema. "Queremos
mostrar quais são as prioridades que temos de pautar para que a gente
consiga mitigar um pouco os prejuízos que essas obras têm causado na
vida de crianças e adolescentes", analisa.
Ainda não há ações concretas para evitar essas violações, mas existem
algumas organizações da sociedade civil que estão se empenhando para
minimizar os impactos das grandes obras na vida de crianças e
adolescentes. De acordo com a socióloga e consultora da Agência Nacional
dos Direitos da Infância (Andi), Graça Gadelha, a situação no Norte e
no Nordeste é mais complicada.
Um relatório sobre violações de direitos humanos nas obras das usinas
hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau (RO), publicado pela Plataforma
Brasileira de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e
Ambientais (Dhesca Brasil), no ano passado, mostrou que o número de
homicídios dolosos cresceu 44% em Porto Velho entre 2008 e 2010.
Além disso, a quantidade de crianças e adolescentes que foram vítimas de
abuso ou exploração sexual aumentou 18%. O relatório também mostra que o
número de estupros cresceu 208% em Porto Velho entre 2007 e 2010.
Segundo o documento, a explosão populacional foi um dos principais
fatores que provocaram o aumento dos índices de violência.
Outras ações
Nesta sexta-feira, será divulgado também o mapeamento de pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais brasileiras, feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, o levantamento é uma ferramenta estratégica para a gestão das políticas públicas de enfrentamento dessa grave violação dos direitos da infância e adolescência no Brasil.
Nesta sexta-feira, será divulgado também o mapeamento de pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais brasileiras, feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, o levantamento é uma ferramenta estratégica para a gestão das políticas públicas de enfrentamento dessa grave violação dos direitos da infância e adolescência no Brasil.
A programação inclui ainda a entrega oficial do Prêmio Neide Castanha,
destinado a pessoas que tiveram destaque na promoção e defesa dos
direitos infantojuvenis no enfrentamento da violência sexual. A partir
das 15h30, uma carreata comandada pela cantora Fafá de Belém vai passar
pela Esplanada dos Ministérios. Durante o dia, será realizado o Show
Pela Vida contra a Violência, que contará com a participação de 1,5 mil
crianças e adolescentes de organizações e do governo do Distrito
Federal.
A data
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído por lei federal, em alusão a 18 de maio de 1973, quando a menina Araceli, 8 anos, foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens da classe média alta de Vitória (ES). Apesar de sua natureza hedionda, o crime prescreveu e os assassinos ficaram impunes.
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído por lei federal, em alusão a 18 de maio de 1973, quando a menina Araceli, 8 anos, foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens da classe média alta de Vitória (ES). Apesar de sua natureza hedionda, o crime prescreveu e os assassinos ficaram impunes.
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